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segunda-feira, 15 de outubro de 2012
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Currículo do Autor
Currículo do Autor
José das Graças Gonçalves da Silva nasceu em Crisólita, Minas Gerais, em 1954. Aos dez anos de idade foi morar com os avós maternos, em Teófilo Otoni, onde terminou o primário na Escola Normal e Ginásio São Francisco. O ensino secundário ocorreu no Colégio Estadual Alfredo Sá, antigo Colégio Mineiro. Como não se interessava em ingressar na área comercial, nem mesmo seguir carreira no setor bancário – únicas opções de trabalho existentes - em 1974 sua mãe o liberou de sua responsabilidade como arrimo de família, visto que era o segundo de uma série de doze filhos. Assim, em novembro daquele ano desembarcou na rodoviária do Rio de Janeiro – como diria um famoso compositor brasileiro – sem lenço e sem documento. O sonho que nutria no sentido de cursar uma faculdade de agronomia tornou-se algo inatingível, em face dos cursos nessa área serem oferecidos somente no período diurno nas instituições públicas. Dessa forma trabalhou na Casa da Borracha SA, inicialmente como almoxarife, em seguida no laboratório químico, em face de ter se matriculado no curso Técnico de Química numa escola particular, no período noturno. Três anos depois ingressou no Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil onde se especializou em Química Têxtil e Fibras Químicas. A partir daí, atuou na indústria têxtil até 2007 tendo passagens marcantes na Companhia Industrial Belo Horizonte, na Cachoeira Velonorte e na Poltex Polido Têxtil SA. Nessas empresas, trabalhou nos setores de Produção, Desenvolvimento de Produtos e Controle de Qualidade. No exercício de sua profissão escreveu vários artigos de cunho técnico que foram publicados em revistas especializadas, como a revista Química Têxtil - publicação bimensal da Associação Brasileira de Químicos e Coloristas Têxteis – e na revista Textília, publicada no Brasil e distribuída em vários países da América Latina. No ano de 2002, adquiriu uma pequena porção de terra no município mineiro de Três Marias onde realiza o antigo sonho de lavrar a terra, apesar dos inúmeros percalços que essa atividade gera.
terça-feira, 28 de junho de 2011
Trechos de "O Salto do Dourado"
A carreta branca transportava uma carga de vinte e cinco
mil litros de ácido sulfúrico – cerca de quarenta e cinco toneladas
– e tinha como destino o Estado de Goiás. Era proveniente de uma
distribuidora de Duque de Caxias, Rio de Janeiro e deveria ser
entregue até a manhã do dia seguinte. De acordo com a nota fiscal, o
ácido destinava-se a uma indústria têxtil de Anápolis para ser usado
em sua ETE - Estação de Tratamento de Efluentes que, devido ao
baixo estoque desse produto em seus depósitos, já funcionava aquém
de suas necessidades. E ainda havia um longo trecho a percorrer,
entre Paraopeba e a cidade de Anápolis, tradicional polo têxtil goiano
e seu destino final.
O ácido sulfúrico, em função de seu baixo custo e elevado poder de reação, ainda é bastante utilizado na indústria têxtil. Embora apresente uma alta periculosidade em seu manuseio, seu emprego é muito difundido como um produto de neutralização de resíduos cáusticos inerentes a alguns processos têxteis.
A carreta, cujo peso bruto passava de cinquenta toneladas, respondeu bravamente ao comando dos freios a ar, chiando de forma estridente. Enquanto isso, do asfalto fumegante exalava o cheiro peculiar de borracha queimada.
Às dezenove horas, uma lua esplendidamente linda despontava por detrás de uma serra situada a leste, inundando aquela imensidão com raios de um deslumbrante prateado. Como que trazido por ela, um vento frio soprava do oriente, fazendo o termômetro assinalar 19º C
A carreta, cujo peso bruto passava de cinquenta toneladas, respondeu bravamente ao comando dos freios a ar, chiando de forma estridente. Enquanto isso, do asfalto fumegante exalava o cheiro peculiar de borracha queimada.
Às dezenove horas, uma lua esplendidamente linda despontava por detrás de uma serra situada a leste, inundando aquela imensidão com raios de um deslumbrante prateado. Como que trazido por ela, um vento frio soprava do oriente, fazendo o termômetro assinalar 19º C
“A danada dá uma lambidela na isca – quase uma carícia – que o anzol nem treme; logo vem um toque mais abrupto e a isca nem sai do lugar. Silêncio absoluto. Nada de fazer fogueira, nenhum movimento fora da água, pois traíra grande é desconfiada e matreira.”
“Um belo espécime da raça gir”, regozijou-se. O pequeno animal tinha aprumos perfeitos, um corpo longilíneo e longas orelhas retorcidas que se estendiam até próximo da extremidade nasal. Seu focinho era de um preto brilhante intenso, e sua pelagem, um castanho-avermelhado com matizes brancos na testa, na barbela e região lombar.
Findando a poda das amoreiras, ele se encaminhou para três pequenas árvores em fase de crescimento, cujo plantio se dera antes do fim do período chuvoso, no início do outono de dois mil e sete. Eram árvores provenientes do plantio de quarenta e seis sementes, fornecidas pela Embrapa Agrobiologia – de Seropédica, Estado do Rio de Janeiro - após dois anos na fila de espera.
"Ao chegar a Crisólita, vindo do bucólico povoado de Santa Luzia, enraivecido, o Rio Negro invadia os quintais e causava sentimentos conflitantes - admiração e medo - nas pessoas do lugar".
Mas não é somente pela beleza de suas praias que a represa de Três Marias encanta os visitantes. A abundância de suas águas faz lembrar o mistério dos mares, pela ondulação de seus movimentos proporcionada pelo vai e vem das embarcações que nela transitam.
Tradicionais árvores frutíferas do cerrado, naquele final de setembro, os pequizeiros achavam-se enfeitados com suas flores esbranquiçadas. Era um prenúncio de que em meados de dezembro a safra de pequi haveria de ser abundante, enquanto as cagaiteiras exibiam, orgulhosas, a exuberância de sua essência na forma de seus exóticos frutos amarelos.
É início da primavera no Vale do Mucuri e os incontáveis cursos d’água que formam a bacia desse importante rio pedem socorro. Suas nascentes se acham mirradas, enfraquecidas pela escassez de água no subsolo.
Um dia acordou no meio da noite, incomodado pela visão de um aluno do CETIQT que se acidentara com um produto químico, no Laboratório de Química Analítica. O frasco que o continha escorregou de suas mãos e um líquido fumegante entornou no rosto do incauto estudante, causando-lhe terríveis e dolorosas queimaduras.
Os homens caminhavam produzindo vigorosa agitação da água, de forma que os peixes se amedrontavam e batiam em retirada na direção da vazante do tímido arroio. Alguns raros espécimes mais impetuosos, alheios aos perigos que os aguardavam, tentavam furar o bloqueio imposto pela barreira assim formada. Aqueles que conseguiam superá-la, algumas poucas dezenas de metros adiante, deparavam com um ambiente hostil e mortal e eram transformados em carcaças disformes e sem vida.
O nordeste mineiro, mais precisamente o Vale do Mucuri, é uma região prodigamente banhada por inúmeros cursos de água. Dentre eles, se destacam os rios Pampã, o Negro e o Marambaia além de incontáveis outros pequenos afluentes. Naquelas paragens, os jacarés eram habitantes de lagos e rios desde épocas remotas.
quarta-feira, 30 de março de 2011
Lançamento de "O Salto do Dourado"
Em breve estaremos divulgando a data para realização do evento acima. A princípio escolhemos Vitória para tal acontecimento. Aguardem!
Maior Acidente Ambiental em Minas
Em 29/03/2003, o rompimento de uma barragem da Florestal Cataguazes provocou um desastre ecológico de grandes proporções! Veja a matéria completa no link anbaixo:
http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2011/03/30/interna_gerais,218533/maior-acidente-ambiental-de-minas-gerais-ainda-esshtta-impune.ml
http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2011/03/30/interna_gerais,218533/maior-acidente-ambiental-de-minas-gerais-ainda-esshtta-impune.ml
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
O Ácido Sulfúrico
Conheça um pouco sobre o Ácido Sulfúrico:
http://www.nitroquimica.com.br/FICHA DE INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA DE PRODUTO QUÍMICO - FISPQ
SiteCollectionDocuments/produtos/FISPQ-AcidoSulfurico98.pdf
http://www.nitroquimica.com.br/FICHA DE INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA DE PRODUTO QUÍMICO - FISPQ
NOME COMERCIAL DO PRODUTO:
ÁCIDO SULFÚRICO
No interesse da Segurança,
Saúde Ocupacional e Meio Ambiente,
deve-se informar todos os funcionários, usuários e clientes sobre os dados
incluídos nesta ficha (FISPQ).
1. IDENTIFICAÇÃO DO
PRODUTO / DA EMPRESA
-
Nome Químico:
Ácido Sulfúrico

-
|
|
|
Fornecedor/fabricante:
Companhia Nitro Química Brasileira
-
|
Endereço:
Av. Dr. José Artur Nova, 951 – São Paulo - SP
-
Contato
para informações: (0xx11) 6137-3100
-
Telefone
de Emergência: (0xx11) 297-0209
-
Pró-Química:
0800 11 8270
-
Data
da Revisão: 20/12/2000
2. COMPOSIÇÃO /
INFORMAÇÃO SOBRE OS INGREDIENTES
-
Nome Químico: Ácido Sulfúrico
-
Sinônimos: Sulfato de Hidrogênio, Óleo
Vitrial, Ácido Fertilizante, Ácido para Bateria
-
Família Química: Ácido Inorgânico
-
Fórmula: H2SO4
-
Peso Molecular: 98,08
3. IDENTIFICAÇÃO DOS
RISCOS
NOME QUÍMICO
|
Nº CAS
|
% OPCIONAL
|
LIMITES DE TOLERÂNCIA
|
FONTE
|
ABSORÇÃO PELA PELE
|
Ácido
Sulfúrico
|
7664-93-4
|
98%
|
TWA: 1
mg/m3
STEL: 3
mg/m3
TWA: 1
mg/m3
|
ACGIH
MAK
|
Vide
Item 4
|
4. MEDIDAS DE
PRIMEIROS SOCORROS
EFEITOS
AGUDOS LOCAIS:
-
Ingestão: Erosão dentária. Queimadura da
boca, garganta e abdômen. Náuseas, vômitos de sangue e tecidos dilacerados. É
possível a perfuração do trato gastrointestinal. Sangue via urina.
-
Inalação: Irritação do nariz e garganta.
Edema de laringe, edema pulmonar. Bronquites e pneumonites.
-
Contato com a Pele: Produz graves queimaduras e
ulcerações.
-
Contato com os Olhos: Produz profunda
ulceração/necrose da córnea. Conjuntivite. Lesões nas pálpebras. Possível
cegueira.
EFEITOS
AGUDOS SISTÊMICOS:
-
Não
detectado.
EFEITOS
CRÔNICOS:
-
Podem
ocorrer: erosão dental, conjuntivite, traqueobronquite, enfisema, estomatites,
gastrites e dermatites.
CONDIÇÕES
DE SAÚDE AGRAVADAS PELA SUPER-EXPOSIÇÃO:
-
Problema
crônico respiratório, gastrointestinal, nervoso, lesões da pele e dos olhos.
PROCEDIMENTOS
DE EMERGÊNCIA E PRIMEIROS SOCORROS:
-
Ingestão: Nunca administrar qualquer
produto ou substância por via oral a um indivíduo inconsciente ou em estado
convulsivo. Exceto se houver expressa contra-indicação, faça com que a vítima
(consciente e alerta) beba 1 a 2 copos de água ou leite para baixar a
concentração do ácido. Não provoque vômito. Não tente neutralizar o ácido com
bicarbonato de sódio. Chamar um médico.
-
Inalação: Levar a vítima para um local
fresco, arejado e chamar um médico. Aplicar inalação com oxigênio, pressão
positiva com solução a 5% de bicarbonato de sódio.
-
Pele: Remover rapidamente as roupas
contaminadas. Lavar o local atingido com água abundante por pelo menos 15
minutos. Utilizar uma solução de bicarbonato a 2% para melhor neutralizar o
ácido residual na pele. A seguir, lavar a área exposta com água e sabão. Chamar
um médico.
-
Olhos: Não permitir que a vítima
mantenha os olhos fechados. Separar as pálpebras cuidadosamente e lavar
continuamente com água até que a vítima esteja sob cuidados médicos.
NOTAS
PARA O MÉDICO:
-
Irritante
à pele, mucosa, olhos e trato respiratório. Pode causar edema agudo do pulmão.
Recomenda-se assistência respiratória e tratamento sintomático.
DADOS
TOXICOLÓGICOS:
-
LD50 (Oral em Ratos): 2.140 mg/Kg
-
LC50 (Inalação em Ratos): 510 mg/m3
-
Outros Riscos:
Ácido sulfúrico não é considerado
como carcinogênico, embora alguns estudos associem a exposição ao ácido sulfúrico
ou a névoa do ácido ao câncer na laringe. Entretanto, não há demonstração de
que ele possa agir como um carcinogênico ou que possa provocar condições para
tal ou até mesmo, que isto possa ocorrer em combinação com outras substâncias.
-
Recomenda-se excluir do trabalho
com Ácido Sulfúrico os indivíduos portadores de:
-
doenças
crônicas respiratórias (bronquite, asma, enfisema, etc.);
-
doenças
crônicas do aparelho digestivo e do sistema nervoso;
-
problemas
visuais e cardíacos;
-
dermatoses.
De acordo com a legislação
vigente, os exames periódicos devem ser feitos a cada 6 meses, sendo também
obrigatório o exame médico por ocasião da cessação do contrato de trabalho,
desde que o último exame tenha sido realizado há mais de 90 dias.
5. MEDIDAS DE COMBATE
A INCÊNDIO
-
Ponto de Fulgor: Não é inflamável
-
Ponto de Auto-Ignição: Não é inflamável
-
Limites de Inflamabilidade no ar
(% em volume):
Não é inflamável
-
Procedimentos especiais de
Combate ao Fogo:
Em caso de incêndio envolvendo este produto, procure circundar o fogo. Somente
utilize água se absolutamente necessário e com bastante cuidado. Água aplicada
diretamente sobre o ácido sulfúrico resulta em violenta liberação de calor.
Para pequenas quantidades, o ideal é a utilização de pó químico e CO2 . Para incidentes de grandes proporções,
inundar a área com água, mantendo-se à uma distância segura do local; não
aplicar jato direto de água sobre o produto derramado. Por ser um forte agente
desidratante, reage com materiais orgânicos, produzindo calor suficiente para
causar ignição de materiais finamente divididos que estejam em contato direto
com o produto.
A reação com metais pode produzir
gás hidrogênio altamente inflamável, principalmente no interior de tanques e
tubulações.
- Subprodutos
da Combustão:
Devido à decomposição térmica, subprodutos tóxicos podem ser gerados; em caso
de incêndio é recomendável a utilização de máscara autônoma.
6. MEDIDAS DE
LIBERAÇÃO ACIDENTAL
Avisar a equipe de segurança sobre o vazamento; evacuar o
local mantendo apenas o pessoal necessário para o atendimento de emergência;
remover todas as fontes de ignição; providenciar ventilação adequada. O pessoal
de limpeza deve usar roupa protetora para vapor, inalação ou contato com os
olhos e a pele. Manter água e combustíveis longe do vazamento. Neutralizar
pequenos derramamentos com uma mistura de carbonato de sódio/sal (50/50),
colocar dentro de containers selados para posterior disposição. Se um agente
neutralizante não estiver disponível, absorver o material derramado com areia
seca ou terra. Não utilizar material orgânico para absorver o derramamento.
Para grandes vazamentos, fazer um dique de contenção com terra ou areia com
tamanho suficiente para conter o material vazado. Cobrir com barrilha ou soda,
deixar neutralizar e diluir com água em abundância. Conter gases com cortina
d'água.
7. MANUSEIO E
ARMAZENAGEM
-
Precauções a serem tomadas no
Manuseio e Armazenagem:
Instalação de chuveiros de emergência e lava-olhos, em local que propicie
rápida utilização de água em abundância, em situações de emergência.
-
Armazenagem: Utilizar tanques de aço carbono,
devidamente identificados, colocados em local seco, bem ventilado, piso
resistente ao ataque ácido, longe da ação direta da luz solar, de combustíveis
ou quaisquer outros materiais com que possa reagir. Os tanques devem estar
protegidos contra possíveis danos físicos e da presença de água. Em pequenas
quantidades, pode ser armazenado em recipientes de vidro. Quando em contato com
recipientes metálicos (vasilhames, tambores, containers e tanques de estocagem),
o produto pode gerar hidrogênio, criando condições propícias à ocorrência de
explosões; por esse motivo, devem ser utilizadas ferramentas anti-faiscantes a
trabalhos executados nas proximidades. Utilizar bombas manuais para a
decantação e esvaziamento de vasilhames. Para reduzir potenciais riscos à
saúde, utilizar diluição suficiente ou ventilação exaustora local para
controlar contaminantes no ar e assim manter as concentrações dentro dos
melhores padrões. Proteger instalações elétricas contra a ação corrosiva dos
vapores ácidos.
-
Materiais Adequados para EPI: Calça, blusa, luvas e botas de
PVC, máscara panorâmica com filtro para gases ácidos. Em grandes concentrações,
usar máscara autônoma e uniforme para gases ácidos.
8. CONTROLES DE
EXPOSIÇÃO / PROTEÇÃO INDIVIDUAL
-
Ambiente de Trabalho: Recomenda-se instalar sistema de
exaustão dotado de dispositivo para lavagem dos gases, de forma a evitar
emanações.
-
Ter
disponível lava-olhos, chuveiros de emergência e locais adequados para lavagem.
-
Roupas
contaminadas devem ser separadas das roupas normais e lavadas adequadamente
após neutralização.
-
Manter
os EPI's limpos, em bom estado de conservação e devidamente higienizados.
-
EPI's para manuseio: Utilizar máscara facial com
filtro para gases ácidos, luvas e botas, calça e blusa de PVC. Em altas
concentrações, usar máscara autônoma e uniforme para gases ácidos.
-
Observação importante: Não comer, beber ou fumar um
áreas operacionais. Praticar higiene pessoal adequada após utilizar o ácido
sulfúrico, especialmente antes de comer, beber, fumar, utilizar toilette ou
usar cosméticos.
9. PROPRIEDADES
QUÍMICAS E FÍSICAS
-
Aparência
e Odor: Líquido oleoso, sua coloração varia do incolor ao marrom escuro,
dependendo da pureza. Inodoro. Afunda e mistura violentamente com água. Produz
névoa irritante.
-
Densidade
do Vapor (ar = 1): 3,39
-
Densidade
Relativa (água = 1): 1,836
-
Gravidade
Específica (96-98%): 1,841
-
Percentagem
de Voláteis: Não
aplicável
-
pH:
Ácido
(1N Sol=0,3; 0,1N Sol=1,2; 0,01N
Sol=2,1)
-
Ponto
de Congelamento: 10,49ºC
-
Ponto
de Ebulição (760 mmHg): 290ºC
- Decompõe-se em SO3 e água a
340ºC.
-
Ponto
de Fluidez (100%): 10,36ºC
-
Pressão
de Vapor: <
0,001 mmHg à 20ºC / 1 mmHg à 146ºC.
-
Solubilidade
em Água: Solúvel,
reage violentamente com água com
aumento
da temperatura.
-
Solubilidade
em outros Solventes: Álcool Etílico
-
Limite
de percepção de odor: 0,150 ppm
-
Taxa
de Evaporação (Acetato de Butila = 1): Não
disponível.
-
Viscosidade:
0ºC
- 48,4 cp; 20ºC - 25,4 cp; 60ºC - 7,22 cp;
80ºC
- 5,19 cp
10. ESTABILIDADE E
REATIVIDADE
-
Estabilidade: Estável à temperatura ambiente
em container fechado, sob condições normais de manuseio e estocagem.
-
Condições a evitar:
-
Escape e mistura com o ar: Líquido altamente corrosivo, não
combustível, reage ao contato com muitos metais quando forma gás hidrogênio,
facilmente inflamável. Se a formação de gás hidrogênio ocorrer em recinto
fechado, há risco de formação de misturas com o ar de características explosivas.
Entretanto, em contato com substâncias combustíveis, pode provocar ignição. É
incompatível com fulminatos, picratos, carburetos, clorados, nitratos,
materiais alcalinos, acetona, hidrocarbonetos e metais pesados, entre outros.
-
Escape e mistura com a água: Reage violentamente com a água,
liberando grande calor. Não deve ficar próximo a locais úmidos para evitar
corrosão e decomposição (o que ocorre a 340ºC) com possibilidade de liberação
de: dióxido de enxofre (SO2) que é um gás sufocante, irritante, tóxico;
e trióxido de enxofre (SO3 ):
vapor, sufocante, irritante, tóxico.
-
Produtos perigosos resultantes da
decomposição: A
decomposição térmica do ácido sulfúrico pode produzir óxidos de enxofre.
-
Riscos de Polimerização: não ocorre.
-
Condições a evitar: água, combustíveis, calor,
fontes de ignição ou outros produtos não compatíveis.
11. INFORMAÇÃO
TOXICOLÓGICA
-
DBO: nenhum
-
DQO: nenhum
-
Toxicidade Aquática: LC50 (água salgada, PRAWNS) 42,5 ppm para 48 horas;
Letal:
(água doce, BLUEGILL) 24,5 ppm para 24 horas.
-
Inibidor da Atividade
Bacteriológica (estação de tratamento de efluentes): nenhum
12. INFORMAÇÃO
ECOLÓGICA
-
Ver
informação no item 11 acima.
13. CONSIDERAÇÕES
PARA O DESCARTE
Para
pequenas quantidades:
adicionar cautelosamente excesso de água, sob vigorosa agitação. Ajustar o pH
para neutro, separar todo o sólido ou líquido insolúvel e empacotá-los para
disposição como resíduo perigoso. Drenar a solução aquosa para o esgoto com
muita água. As reações de hidrólise e neutralização devem produzir calor e fumos
os quais podem ser controlados pela velocidade de adição. Adicionar lentamente
em grande quantidade de solução de carbonato de sódio e hidróxido de cálcio,
sob agitação. Drenar a solução, com muita água, em um ralo com invólucro
protetor e preenchido com mármore lascado.
Após neutralizar o material
vazado ou derramado, diluir com água em abundância, mantendo o pH entre 5,5 e
8,5. Seguir a legislação pertinente para a disposição do efluente gerado.
O derrame de ácido sulfúrico
diretamente nos esgotos, rios e lagoas pode ocasionar a produção de gás
sulfídrico (SO3)
EPI's
recomendados:
-
uniforme
de poliéster (calça e camisa);
-
capacete
com protetor facial;
-
botina
de segurança (couro hidrofugado);
-
luvas
de PVC;
-
botas
de borracha;
-
máscara
panorâmica com filtro para ácidos;
-
uniforme
de trevira.
14. INFORMAÇÕES DO
TRANSPORTE
TRANSPORTE
RODOVIÁRIO:
-
Número ONU: 1830
-
Nome adequado para Embarque: Ácido Sulfúrico
-
Classe de Risco: 8
-
Número de Risco: 88
-
Precauções especiais no
Transporte:
O veículo deve ter certificado
para transporte de Ácido Sulfúrico, expedido pelo INMETRO, e atender a NB-760.
Deve portar EPI's, Kits de
Emergência, Ficha de Emergência com Envelope e Simbologia de Risco. O veículo
deve estar em boas condições gerais; o motorista vestido adequadamente,
devidamente orientado e com certificado do “Curso para Motorista Transportador
de Produtos Perigosos”.
EPI's obrigatórios para o
transporte: Luvas e capacete de boa resistência, de material adequado ao
produto transportado, máscara panorâmica com filtro combinado para gases
ácidos.
Devem ser levados no caminhão:
-
calços
de dimensões apropriadas ao peso do veículo e diâmetro das rodas;
-
sinalização
- 100 metros de fita ou corda para isolamento da área do acidente e da via,
material para advertência (mínimo de 4 placas refletivas para a corda ou
inscrições refletivas gravadas ao longo da fita), com dispositivos para fixação
da corda e/ou fita, como por exemplo cavaletes e tripés.
-
dispositivo
para contenção de derramamento: enxada e pá.
-
fichas
telefônicas, caixa de primeiros socorros, lanterna com 2 ou 3 pilhas, 5 litros
de água potável.
TRANSPORTE
AÉREO:
-
Número ONU: 1830
-
Nome adequado para Embarque: Ácido Sulfúrico
-
Classe IATA: 8
-
Grupo de Embalagem: II - Instruções 809 e 813 (para
avião de passageiros e de carga, respectivamente).
-
Precauções especiais no
Transporte:
Quantidade máxima a ser transportada depende do tipo de embalagem interna.
Sendo de 1 litro para aviões de passageiros e de 30 litros para aviões de
carga. Materiais para embalagem interna: vidro, plástico, metal (exceto
alumínio).
TRANSPORTE
MARÍTIMO:
-
Número ONU: 1830
-
Classe IMO: IMDG Code - Page 8230 - Amdt.
25-89
-
Nome adequado para Embarque: Ácido Sulfúrico
-
Classe de Risco: 8
-
Número de Risco: 88
-
Precauções especiais no
Transporte:
Rótulo de corrosivo - Indicar o risco de reação com água. Atentar para
reatividade com outras substâncias (item 7 desta FISP).
TRANSPORTE
FERROVIÁRIO:
-
Número ONU: 1830
-
Nome adequado para Embarque: Ácido Sulfúrico
-
Classe de Risco: 8
-
Número de Risco: 88
-
Precauções especiais no
Transporte: Trem,
transportando produtos perigosos, deve dispor:
-
conjunto
de equipamentos para o atendimento a acidentes, avarias e outras emergências;
-
equipamentos
de proteção individual: Luvas e capacete de boa resistência, de material
adequado ao produto transportado, máscara panorâmica com filtro combinado para
gases ácidos,
-
equipamentos
de comunicações; e
-
materiais
de primeiros socorros.
15. INFORMAÇÕES DA
REGULAMENTAÇÃO
-
Informação
não disponível.
16. OUTRAS
INFORMAÇÕES
16.1 Outras precauções (processo):
-
Atentar
para recomendações anteriores, referentes à necessidade de ventilação exaustora
para manter controle sobre a concentração dos vapores no ar, bem como para a
necessidade de chuveiros de segurança e lava-olhos. Atentar ainda para a
necessária separação das roupas de trabalho contaminadas das roupas comuns.
-
Ainda:
não comer, beber ou fumar em área de trabalho.
-
Os
serviços de manutenção à quente em tanques, linhas ou quaisquer outros
equipamentos que mantenham contato com o produto devem ser feitos somente após
rigorosa inspeção e avaliação dos níveis de explosividade.
16.2 Fontes de Referência / Abreviaturas:
-
ADR/RID
-
AIHA
-
Código
de Defesa do Consumidor
-
Dangerous
Goods Regulations - International Air Transport Association 32ª Edição - 1991
-
IATA
- Dangerous Goods Regulations
-
International
Maritime Dangerous Goods Code
-
Legislação
de Órgãos de Controle Ambiental: Estadual, Federal e Municipal.
-
Manual
de Emergências - PRÓ-QUÍMICA - 2ª Edição - 1994
-
Material
Safety Data Sheet Collection - Genium Publishing Corp. - 1994
-
NIOSH,
OSHA, ACGIH, MAK
-
Normas
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas
-
Portaria
3214 do Ministério do Trabalho
-
Regulamentação
do Transporte Ferroviário de Produtos Perigosos (Decreto Lei 98.973 e Portaria
111 de março/88)
-
Regulamentação
do Transporte Rodoviário de Produtos Periogosos (Decreto Lei 96.044 de maio/88
e Portaria 291 de maio/88).
-
Threshold
Limit Values for Chemical Substances and Physical Agents and Biological
Exposure Indices - ACGIH - 1993-1994
Os
dados e informações constantes nesta ficha tem caráter complementar, fornecidos
de boa fé, representando o que de melhor se conhece sobre a matéria e não
significando que o assunto tenha sido completamente exaurido. Prevalece sobre
os dados desta ficha o disposto nos regulamentos governamentais existentes.
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